segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fashion Rio Inverno 2011 - 4° dia

CANTÃO


A arte e o espaço urbano farão o inverno 2011 do Cantão, que abusa de referências gráficas e orgânicas para criar uma coleção streetwear com clima de anos 80. Tecidos pesados como lã e veludo ganham um ar descontraído com as estampas Liberty e os trabalhos geométricos realizados pela artista plástica norte-americana Maya Hayuk. Além de contribuir com a coleção, Hayuk criou o colorido cenário da passarela.






Moletom, malha estonada, sarja, paetês estampados e algodão creponado também estão entre os materiais de confecção das peças, que surgem em formas oversized e em silhuetas com a cintura deslocada, evocando a liberdade. Técnicas como patchwork, tricô e bordados também marcaram a passarela. A cartela de cores inclui cereja, pink, grafite, azul piscina, menta, açafrão, preto e tangerina.







Luvas que substituem as mangas, meias bicolores, galochas de couro envernizado e estampado, bijuterias de lã, óculos escuros Liberty e chapéus de feltro se destacaram entre os acessórios.




COCA-COLA CLOTHING


Os modelos da Coca-cola Clothing encarnaram "new bohemians", jovens aventureiros conectados com a atitude urbana que buscam novas paisagens. No caso do desfile, a paisagem inspiradora foi o deserto da Califórnia.






As cores e os desenhos do céu do deserto são sugeridas nas lavagens do jeans e nas estampas. Também inspiraram o cenário, com madeira reaproveitada para recriar cactos e o ambiente seco. Os tecidos ganharam efeitos empoeirados e desgastados e vêm em versões resinadas, com aplicações desenhadas em debruns e metais bronze ou em nylon em versão molhada.








Na cartela de cores, off white, tons de azul, bordô e variantes do amarelo, vermelho e cinza recriam o pôr-do-sol, o céu e a areia do deserto. Jeans lavado, malha, couro, sarja, lã e tricôs dominaram a passarela. Botas e tênis com pele, bolsas com motivos indígenas, óculos escuros com formato de viseira, parcas, gorros com cachecóis, microssaias e microvestidos se destacaram na coleção.


REDLEY


A evolução foi o tema da coleção inverno 2011 da Redley, que propõe um retorno ao que é natural. Peças fluidas e orgânicas, inspiradas no movimento da natureza, vêm em texturas fortes, lã, linho, algodões, tule, gaze, couro lavado e uma seleção de sintéticos.




Com um certo clima apocalíptico - a cenografia era composta por plástico preto -, a marca aposta na sobriedade do branco, preto e cimento, quebrada por variações de vermelho. Materiais com tratamento manual, tricô e drapeados aparecem em várias peças. O cardigã surge desconstruído, como se tivesse sido remontado pela chuva e pelo vento.








Vários acessórios aparecem em versões vazadas: botas e sapatos em couro navalhado, luvas com dedos de fora e meias de lã são alguns exemplos. Gorros, capuzes e transparências sobrepostas também se destacaram.




ESPAÇO FASHION


O afeto marcou a passarela da Espaço Fashion, que aposta no design emocional em sua coleção inverno 2011. Efeitos de lavanderia e tratamentos manuais deram tons envelhecidos às peças, evocando um passado delicado, de cartas e memórias. As modelos desfilaram tons neutros de marrom, azuis profundos, rosas doces, amarelos, laranjas, cinzas e verde.









A fluidez foi um dos elementos chave das roupas, que surgiram em tecidos suaves e macios, com equilíbrio entre fibras naturais e sintéticas. Couro, algodão, moletom, sarja, malhas e sedas apareceram em diferentes pesos, junto com o tricô de fios de seda. As formas surgiram desestruturadas e recortadas.






Tops amplos, saias e vestidos longos se revezaram com calças skinny e calças soltas. As estampas eram de pinturas gestuais, elementos florais, formas abstratas e rabiscos. Botas de cano curto vazadas, em três cores diferentes -caramelo, preto e bege -, jaquetas confeccionadas em diferentes tecidos, coletes com capuz e leggings completavam os looks.




NEW ORDER


Unir elementos de dois universos díspares, o dos militares e o das bailarinas, era o desafio da New Order em sua coleção inverno 2011. E o que parecia quase impossível funcionou. A dança reforçou a feminilidade da marca, enquanto o lado militar foi refletido no despojamento e no espírito urbano das roupas.






Tutus estilizados se harmonizaram com mochilas de campanha. Macacões verde oliva, com condecorações e chapas de identificação, ganharam sacos de balé como acessório. Botas com bico de sapatilha se alternaram com sandálias-coturno. O camuflado ganhou sobreposições e novas cores, em um jogo que lembrou o conto em que o soldadinho de chumbo se apaixona pela bailarina.




Na cartela de cores, apareceram o rosa, o natural, o café, o chocolate, o verde musgo e o dourado. Elas surgem em uma extensa gama de materiais como a napa, o couro, a camurça, o laise, a lona, o cetim, o tule, a sarja, o linho, o nylon, os bordados de vidrilho e paetês e até a madeira, presente nas bases destacáveis de alguns sapatos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário