sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fashion Rio Inverno 2011 - 2° dia

O segundo dia do Fashion Rio foi tudo e mais um pouco.


ACQUASTUDIO


A fragilidade humana frente à imponência das grandes metrópoles foi o tema do desfile idealizado por Esther Bauman para o inverno 2011. A presentação teve um clima futurista, quebrado pela feminilidade na modelagem dos vestidos, alguns deles marcando a silhueta. O beauty artist Robert Estevão elaborou um visual com “um pezinho no rockabilly e um pezinho no punk”, com cabelo meio teddyboy e maquiagem de olhos bem escuros.












A estilista, como de hábito, realizou um minucioso trabalho de pesquisa e de desenvolvimento de matérias-primas e o resultado foram teares com tramas quadriculadas, enceradas e laminadas, bordados em 3 dimensões com pespontos, nervuras, canutilhos e lasers. Além disso, a grife apresentou peças com tecidos como a lã, a organza estampanda e crinol em pregas, espirais e formas arquitetônicas. Na cartela de cores predominaram o gelo, o camel, a prata, o grafite e o preto.




MARIA BONITA EXTRA


A dança foi o tema da coleção de inverno da Maria Bonita Extra, idealizada pela estilista Ana Magalhães. A ideia era unir moda e esporte e o resultado foi um desfile marcado pela delicadeza, com roupas fluidas, compostas por camadas de tule, seda, lã dublada com malha, moletom mescla com organza, tricô de lã angorá, tricot em ponto pipoca e sobreposições.









Os vestidos de seda em moulage fazem referência a recortes esportivos, acompanhados por cardigãs e diversos tipos de meias, com predominância das tipo 3/4. As cores são secas: marrons, azuis e rosas parecem nublados por uma camada quase invisível de tule. Pontos de luz vêm no amarelo, verde e vermelho vivos dos acessórios. Detalhes com pele e transparência em boleros.








Casaquinhos com capuz e mochilas de couro fizeram a plateia, viajar no tempo e lembrar do figurino das professoras de balé. Daniel Hernandez criou um visual coerente com o tema da coleção. O look é “meio suadinho, como se ela estivesse suada de tanto dançar”, ele explica. Para isso, o beauty artist usou rímel borrado nos cílios superiores e inferiores, e aplicou gloss nas pálpebras e nas bochechas, em cima do blush rosa; para finalizar, só um lápis branco dentro do olho. O cabelo, bem dentro da temática do ballet, é um coque alto com alguns fios soltos e umedecidos caindo no rosto.




COVEN


O processo de tecelagem foi o ponto de partida para a criação da coleção 2011 da Coven, que buscou referências também no trabalho da artista plástica Louise Bourgeois e da estilista Coco Chanel. Os principais fios utilizados no tecimento das peças foram o lurex, o flamé, o bouclé e o chenille.


Com formas simples e misturas de tecidos, as peças vieram predominantemente em preto e o branco, mas o rosa brilhante, o azul, o verde aceso e os xadrezes também brilharam. As franjas se repetiram em vários looks, aparecendo em golas, detalhes dos casacos e nas pontas de maxicachecóis.




Os anéis também tinham tamanho G, chamando a atenção para as mãos das modelos. Os punhos ganharam destaque, com aplicações metalizadas, usadas em alguns momentos nas ankle boots. A jaqueta tipo uniforme de baseball em tecidos luxuosos e o vestido reto abaixo dos joelhos foram referência de modelagem.










GIULIA BORGES


Onça lilás e zebra verde? Elas existem, pelo menos na imaginação de Giulia Borges, que se inspirou no trabalho da artista japonesa Nagi Noda, famosa por reconstruir novos bichos com mistura de padronagens. Preto, branco, verde-bandeira, laranja e camelo foram algumas cores que predominaram nessa floresta pop.








Em um mix de selvagem e delicada, a coleção faz um cruzamento de animais de diferentes espécies não só nas padronagens, como a meio-onça, meio-zebra, mas também nos desenhos das estampas, como por exemplo a de tigre com chifres e a de rinoceronte com pintas. Os sapatos também entraram no clima e apareceram com peles.




Ovacionada no final, a estilista também apresentou peças de alfaiataria com cores fortes em formas amplas, marcadas por cintos deslocados e botões grandes. Poás peludos e pied-de-coq com pinta de animal print foram o toque descontraído de casacos e vestidos.










BRITISH COLONY


A vida aquática e o universo naval marcaram o outono-inverno da British Colony, que se inspirou nas cores de Steve Zissou. Vermelho e amarelo vão animar as estações frias, também representadas na passarela pelos mais sérios grey blue e cáqui, além dos curingas preto e branco.





Enquanto os meninos usaram sapatos de cores vivas e paletós estampados esportivos, as modelos exibiram botas cano curto estilo caubói com cintos de fivelas e saias longas abertas. O acessório chave foram os colares com iscas artificiais, semelhantes a amuletos.




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